Querido Caio,

     Hoje li um texto da Tati bernardi que dizia: “Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava." E sabe o que eu senti a ler esse texto? Minha mente se organizando e meu coração se acalmando. Finalmente meu Rei, finalmente a consegui exclarecer o motivo das minha noites mal dormidas e meus fins de semana vazios. Essa simplicidade do mundo deixa a desejar, eu quero a loucura. Quero fazer história, quero dar uma de Monroe e ser conhecida pelo mundo todo. Não por santidade, por audácia.
     Andei pensando: Como deve ser passar sua vida toda, na pose de santa? À tantos sentimentos, pessoas, coisas, lugares. Nos esperando, de portas abertas. E a vida, você sabe meu rei, a vida é linda, E nós quisermos que ela seja, ela ultrapassará de linda. E eu quero que a minha seja esplendida!
     O motivo de toda minha inquietação e não querer ficar quieta. È não querer viver nos limites impostos pela nossa sociedade medíocre, é não querer viver no limite que se vivem. Eu quero mais da vida! Não sei se isso é bom o ruim, isso eu descubro depois, só sei que quero muito mais. Quero mais amor, sorrisos, promessas, correria e depois de velhinha, quero calma e descanso, descanso de ter feito a minha história nesse mundo, onde a maioria só querem ser mais um.